quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aprendizagem, uma relação sociointeracionista


Fonte: google.com.br/images

Importante entender a contribuição de alguns teóricos da educação com suas ideias e pesquisas para a ressignificação de propostas do trabalho com projetos. Dentre as contribuições de Pestalozzi (apud ZACHARIAS, 2009), a reciprocidade na cooperação entre professor e aluno faz sentido para a construção da educação. Assim também para Freire (apud FERRARI, 2009) a relação professor e aluno sejam afetivas e democráticas, em que os dois aprendem juntos com a possibilidade de se expressarem. Nesse sentido, ainda afirma Vygotsky (apud FERRARI, 2009) que a aprendizagem é mediada, sendo que o papel do ensino e do professor seja mais ativo e determinante, papel este atribuído às relações sociais no processo de aprendizagem, o sociointeracionismo. Portanto, a prática pedagógica é uma forma de conceber a educação que envolve o aluno, o professor e os recursos disponíveis numa interação estabelecida num ambiente promotor da aprendizagem, ambiente este criado para a busca da articulação das informações significativas e conhecimentos para a implantação de projetos. O que se entende por projeto é a busca pelo que se pretende ser e conhecer. É procurar respostas para uma interrogação que provoca certo interesse, segundo Machado (2009). O autor assume a ideia de que o destino escolar dos alunos está ligado à capacidade de estabelecerem projetos e de criarem interrogações, expectativas para se lançarem a um futuro aberto e não fechado e imposto. A sala de aula é um espaço de interação pessoal entre aluno e professor, propícia a um espaço de convivência natural podendo tratar de diversos assuntos do cotidiano, indagações e questionamentos. Assim, o desenvolvimento de projetos para a escola permite ao aluno projetar-se para o futuro, com metas a serem alcançadas na busca de respostas às indagações e busca de novos conhecimentos.
Fonte: PRADO, M. E. B. B.; ALMEIDA, M. E. B. de. Elaboração de Projetos: guia do cursista. Brasília: Ministério da Educação / Secretaria de Educação à Distância, 2009.

Tecnologia e Educação

Diante de uma sociedade do conhecimento e da tecnologia que vivemos, é necessário hoje repensar o papel da escola em questões específicas relacionadas ao ensino e à aprendizagem. O ensino que privilegia a memorização de definições, fatos organizados de forma fragmentada e de soluções padronizadas, não atende às exigências do novo paradigma expressivo nessa sociedade.
O momento requer uma nova forma de pensar e agir para lidar com a rapidez e a abrangência de informações, com o dinamismo do conhecimento, e com diversas situações que exigem um posicionamento crítico e reflexivo do indivíduo para fazer suas escolhas e definir possibilidades demandando com isso o desenvolvimento de estratégias criativas e de novas aprendizagens.
Sendo a tecnologia um elemento bastante expressivo, precisa ser devidamente compreendida nas implicações do seu uso no processo de ensino e aprendizagem, permitindo ao professor integrá-la à prática pedagógica.
Assim, os recursos pedagógicos da internet, a pesquisa, a comunicação e a representação podem perfeitamente ser utilizados de forma articulada com outras áreas do conhecimento. Dessa forma, a linguagem visual e textual, a estética, a lógica hipertextual das informações e o dinamismo de eventos e imagens propostos no intercâmbio da tecnologia se integram na constituição de uma atividade de aprendizagem criativa, complexa e, ao mesmo tempo, prazerosa para o aluno.
Fonte: PRADO, M. E. B. B. Articulção entre áreas de conhecimento e tecnologia: articulando saberes e transformando a prática. In: Elaboração de Projetos: guia do cursista. Brasília: Ministério da Educação / Secretaria de Educação à Distância, 2009, p. 51-53.



Vídeo publicado por Marilena Monteiro Jardim
http://www.slideshare.net/marilenajardim/novos-paradigmas-na-educao-445684